O que é TNT – Tecido não tecido
TNT é a sigla para tecido não tecido.
É um tipo de tecido classificado como um não tecido.
Produzido a partir de fibras desorientadas que são aglomeradas e fixadas, não passando pelos processos têxteis mais comuns que são fiação e tecelagem. O TNT não precisa de tear para ser elaborado, pois sua matéria prima é o polipropileno (uma resina termoplástica produzida a partir do gás propileno, que é um subproduto da refinação do petróleo), e suas fibras são unidas pelo calor, dispensando a fase específica de “tecer”.
Há basicamente dois tipos distintos, os duráveis e os não duráveis, podendo ambos serem produzidos a partir de fibras naturais (algodão, lã) ou sintéticas (poliéster, polipropileno).
Esse tipo de tecido é muito barato, por conta da capacidade produtiva. É muito utilizado em artesanato e decorações de festas em geral por ser encontrado em diversas cores. É também muito fácil de ser trabalhado (podendo-se usar com cola, cola relevo, purpurina, lápis de cor, giz de cera, etc…). A cola quente não deve ser utilizada, pois pode perfurar o tecido.
O tecido não deve ser amassado porque não pode ser desamassado utilizando-se ferros de passar, que podem queimá-lo. No caso da lã (WO) o TNT produzido chama-se feltro. Para quem ainda não conhece este tecido é agradável ao toque e tem a estrutura similar ao papel, mas bem mais maleável e resistente e não desbota e nem desfia.
Vantagens do TNT
Comparada à roupa convencional de tecido de algodão, a descartável é muitíssimo mais leve, e seu contato com a pele é suave e não irritante. Seu tratamento antiestático impede a atração à pele, não retém o calor do corpo tornando o uso agradável.
Por ser descartável, sua maior aplicação atualmente é em hospitais, como toucas, jalecos máscaras, forros de colchão, lençóis, onde a aplicações de produtos não descartáveis reteriam bactérias.
Sendo descartável, é um material mais barato, reduzindo bastante o custo das empresas que o utilizam.
Pode ser utilizado para proteger sua mercadoria, como por exemplo embalagem para bolsas de couro, evitando arranhões no transporte da mercadoria.
Outros usos do TNT:
Higiene Pessoal
Fraldas descartáveis; Absorventes, Protetor de fraldas de pano.
Medicina
Toucas; Máscaras; Bandagens; Roupas hospitalares; Faixa para depilação.
Vestuário e Calçados
Roupas de proteção; Aventais; Entretelas; Bonés; Jaquetas; Reforço para calçados.
Aplicações Domésticas
Ecobags, Artigos de cama e mesa; Conjunto para banheiro; Jogo Americano; Capa para sofá; Capas para travesseiros; etc.
Estofaria
Revestimento e forração de estofados; Cadeiras e poltronas de escritórios; Capas para estofamento de carros.
Indústria Automobilística
Revestimento interno de tetos; Protetores Solares (quebra-sol); Capa para carro.
Agricultura e Horticultura
Esteiras capilares; Proteção de estufas; Plantações e mudas.
Embalagens e Substâncias de Proteção
Embalagens para presentes; Sacos; Bolsas para viagem; Forração de bolsas; Sacolas; Pastas; Capas para máquinas; Fax e computadores; Invólucros para sabonetes e calçados; Protetores de roupas.
Diversos
Telas para artistas; Artigos de propaganda; Faixas; Painéis e bandeiras; Barracas; Porta CD; Saches; Decoração de salão de festas; Sacolas para supermercados.
Conheça as curiosidades do TNT:
O nome não-tecido vem do fato de que este material, não passa por teares, comuns na fabricação de tecidos, durante seu processo de fabricação. Assim sendo, as fibras não são tecidas pelo modo convencional, passando a ser designado como não-tecido. Suas fibras não são tramadas segundo um arranjo ordenado, mas sim, dispostas aleatoriamente.
O não tecido também é conhecido como nonwoven (inglês), notejido (espanhol), tessuto nontessuto (italiano), nontissé (francês) e vliesstoffe (alemão).
Os maiores usuários de tecidos técnicos e não-tecidos da atualidade são os setores de embalagens e transportes. Enquanto o primeiro absorve 2.990 milhões de toneladas/ano para fabricar desde coberturas para proteção até contentores (big-bags), o segundo, representado pelas indústrias automobilística, naval, aeroespacial, veículos sobre trilhos, motocicletas, bicicletas, air bags e pneus, registra consumo de 2.828 milhões de toneladas/ano.
Na seqüência dos maiores consumos estão as aplicações industriais, com 2.624 milhões de toneladas/ano sendo destinadas à fabricação de produtos para filtragem, limpeza, isolamentos termoacústicos, incluindo-se as aplicações em móveis, estofados, carpetes, tapetes e revestimentos para pisos (2.499 milhões de toneladas/ano), registrando-se ainda altas demandas entre os setores da construção (2.033 milhões de toneladas/ano), especialmente pelo emprego em membranas, e da agricultura (1.615 milhão de toneladas/ano), com tecidos técnicos sendo utilizados em silos, cercas, estufas, materiais para hidroponia, coberturas para lavouras e criação de animais.
Biólogos afirmam que, para se decompor na natureza, as sacolas plásticas levam cerca de 200 anos. O prazo do TNT é de 6 meses a um ano”. Fonte: Sacolas retornáveissubstituem as de plástico
“A fibra de polipropileno retornável de 80g, um TNT lavável, originado do plástico, leve e de uso sustentável. Após o tempo médio de uso de cinco anos, pode-se descartá-lo na coleta reciclável de lixo”
Os não tecidos como fabricados são fornecidos normalmente em grandes rolos e chamados internacionalmente de “Roll Good”, podendo sofrer processo posterior de transformação ou conversão. Podem ser utilizados tais como produzidos e acabados. Ou receberem outros processos de transformação para melhor adequá-los ao uso final, tais como: estampagem, tintura, adesivagem, chamuscagem, dublagem, resinagem, gofragem, flocagem e outros. A manta, estrutura ainda não consolidada, é formada por uma ou mais camadas de véus de fibras ou filamentos.
A produção de não tecidos aplica e combina tecnologia de diversas indústrias, como a têxtil, a papeleira, de couro, de plástico, podendo, a qualquer momento, surgir novas tecnologias.
História do Tecido não Tecido
Não há uma data exata para o início da fabricação do tecido não tecido. Estudiosos, afirmam que o tecido não tecido surgiu no Egito, por volta do ano 2400 a.C. A partir de 1930, nos Estados Unidos, começaram fabricações de tecido não tecido a partir da celulose. Por volta de 1957, uma estrutura semelhante ao tecido não tecido começou a ser fabricada em equipamentos da indústria de papel.
A invenção para obtenção do tecido não tecido pode ser conferida à carta Britânica nº 114, concedida em 1853 à Bellford. Começaram a surgir o uso de cardas, esteiras de transporte, impregnação, secagem para fabricação da manta ou almofadas de algodão para indústria de estofados e colchões de mola. Com multicamadas, estes produtos podem ser fabricados em qualquer espessura.
O processo de consolidação por agulhagem data do final do século XVIII, quando a primeira agulhadeira foi produzida na Inglaterra, mas foi conhecida a partir de 1920. Na década de 50, começaram a ser instaladas as primeiras e grandes fábricas de Nonwoven da América do Norte, México e Europa.
A década de 60 marca o lançamento do tecido não tecido, no mercado como matéria-prima industrial e como produto de consumo. Aparecem as primeiras patentes e na década de 70, a indústria domina as tecnologias e populariza o tecido não tecido.